sábado, 19 de novembro de 2011

o paradigma T

Vivemos hoje o paradigma T ou, se quisermos dizê-lo mais simplesmente, o modelo T. E não é apenas de Troika. É de terror, tragédia, tsunami, tolice, trafulhice, tosquice, etc. Querem ver que nasceu com o célebre modelo T, da Ford? Durante a Segunda Grande Guerra, a Ford só produzia carros para o conflito. Mas nunca deixou de anunciar nos média, de criar o desejo de ter um Ford. Resultado, acabada a guerra, vendeu mais carros do que nunca.
Agora estamos na mesma: na guerra económica, a criar desejos de comprar uma situação melhor. Há escolha, claro, mas o que nos estão a vender é um modelo T: tramado e tranquilo. Com a propaganda da crise, não há dúvida que vão conseguir vender a ideia. Quem não estará disposto a prescindir dos seus direitos para sobreviver à crise?
Acontece que o modelo T tem opções escondidas, sendo "desinstalar" a mais eficaz e rápida. Mesmo com o aviso "a remoção deste programa poderá afectar definitivamente o funcionamento da sua cabeça" a piscar nervosamente por todo o lado. Pois pode. E ainda bem.
Apesar disso, quantas pessoas vão usar a opção? Um ínfimo número, enquanto a maioria se deixa arrastar para o desespero e para a escravidão. Como diz o sábio povo (onde andará ele, neste aperto?), quem nasce burro acaba a pastar...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

uma barriga demasiado cheia

Copyright MMF
Os problemas começam quando a gente se torna incapaz de os ver. Há anos que os sinais se multiplicam, mas o poder está cego e não vê o óbvio: aquilo que o vai derrubar. Não são partidos, não são líderes. E faltando estes, o poder acha que não há perigo nenhum. Demasiado habituado a descobrir a cabeça da cobra para a decepar, não entende que até a oposição mudou. Não são precisos líderes ou partidos para convocar o apoio dos oprimidos. Bastam as comunicações, a facilidade com que hoje de diz que não se está de acordo com isto ou aquilo, se espalha a palavra e se convocam simpatizantes para uma causa.
De que lhes adianta estarem a tentar descobrir o futuro do euro, da comunidade europeira e da economia global, se não é nada disso que está em causa? Já ninguém acredita na capacidade de liderança dos economistas e estrategistas do poder, a não ser uns poucos esbirros e novos recrutas.
Não são as armas a ameaça, mas a falta de vontade das pessoas vulgares em aceitar os cada mais frequentes abusos de poder. Como é que vão usar os seus exércitos em pessoas que não pegam em armas? Como é que vão acabar com a resistência de pessoas que, pura e simplesmente, já não lhes ligam nenhuma?
Podem apertar o cinto quanto quiserem, porque a maior parte das pessoas já sente, se não sabe, de facto, que nada tem a perder. A maior derrota é a da incapacidade de diagnóstico da situação.
O poder investiu tudo numa única frente: o poder económico e a usura. A frente está gasta, seca, improdutiva. Comeram o pequeno-almoço, o almoço, o jantar e a ceia, atacaram a despensa e agora não há provisões nem onde ir buscá-las. Mais, estão de barriga demasiado cheia para conseguir rebolar para outro lado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

maria-café

Foto MMF - Cascais 2011
Estava uma maria-café no muro.
(Diplópode (ou diplópodo, milípede ) é qualquer organismo da classe Diplopoda do filo dos Artrópodes que inclui os embuás, piolhos-de-cobra e gongôlos (no sul de Moçambique, congolote). São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas).
São animais herbívoros (Diferentemente dos Quilópodes) e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça pequeno tórax e um longo abdome segmentado.
Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.
Os Diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que Quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), Diplópodes tem antenas; Quilópodes são carnívoros, Diplópodes são herbívoros; Diplópodes são cilíndricos,Quilópodes são achatados; Quilópodes tem 1 par de patas por segmento, Diplópodes tem 2 pares de patas por segmento. -  Fonte: Wikipédia)