segunda-feira, 30 de junho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

maranghi femmes



Giovanni Maranghi nasceu em 1955, em Florença. Neto do pintor Alfonso Maranghi e filho de um marchand de arte, trabalha essencialmente a figura feminina. Estudou no Liceo Artistico e na Academida de Belas Artes da sua cidade natal. Aos 20 anos expôs em Bary, lançando uma carreira na Itália e no resto do mundo, como um dos artistas contemporâneos mais interessantes.
Membro da velha Paiolo di Firenze Company, uma associação cultural que nasceu em 1512, usa uma série de técnicas e estilos de pintura, incluindo colagens e materiais de moldar que levam muito tempo a produzir. As suas obras incluem pedaços dos blocos de notas, mapas, papel de fax e outros materiais sob a pintura.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

os que partem

Imagem de MrLalle, daqui
Os que partem regressam ao seu estado natural, no espírito, em união com o todo. Regressam à liberdade, ao amor, à plenitude. Nesta ilusão que temos de uma realidade material, esse regresso é sentido em dor, esquecidos como estamos de que também somos eternos, imortais, luz e amor como os que aparentemente partem. Neste mundo, toda a separação é dor. Esquecemo-nos de que também fazemos parte do todo eterno e que até a separação temporária tem um fim. Lembremo-nos entretanto com amor do que aprendemos com os que vão, da primeira vez que os vimos, do afecto que nos suscitaram, do riso que partilhámos. Deixam saudades. Até breve.

(à Tamara, que partiu hoje)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

a world of my own

imagem de MMF
Por momentos o mundo é só meu, habitado apenas por sons e por formas que vivem dentro de mim. Nessas alturas a sincronia é total, a tranquilidade e a felicidade indescritíveis. São instantes em que se entende o universo, a vida, o espaço e o tempo de uma só vez. Num único pensamento se gera toda a força e energia que conseguimos abarcar.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

arte intensa

By NemO’s in Milano, Italy.
Hão-de querer arrumar-vos numa caixinha muito clean, embrulho perfeito e bonitinho, para massificação; apresentar-vos como animais de estimação lavados, escovados e bem treinados, para trotar em exposições; fazer todo o possível para mostrar como o vosso génio é polido, como um naco de carvão que vira diamante e perde o bruto para ganhar em faces muito lisas e adequadas aos olhos de quem mais aprecia o brilho do que a força que lhe dá origem.
Artistas e obras de arte são forças da natureza, ecos da realidade que não se molda a convenções. São jorros de verdade que se libertam pelas mãos de quem presta atenção ao que genuinamente importa na vida. Não sofrem de contenções impostas e antes aceitam o que a inspiração, o que é por direito inerente a toda a vida, lhes apresenta com generosidade. E retribuem de forma igualmente generosa, partilhando connosco a sua arte.
Intensa e de extremos é a obra destes xamãs dos nossos dias. Para eles não há meios termos e até a suavidade traz consigo uma intensidade insuspeitada. A vida é sempre curta para quem sabe que todos os momentos contam e que o fulgor não pode deixar de lhe pertencer.

liberdade do pensamento

foto daqui
Fechar os olhos e pensar num farto pequeno-almoço, de fruta, hidratos de carbono e café. A sensação de prazer é tão autêntica como estar à mesa a dar conta de uma pilha de panquecas e frutos. A diferença fica na sensação que se segue. O pensamento que nos faz sorrir de prazer e nos liberta em seguida para outras experiências. Ou o prazer que nos amarra à digestão e à consciência de um corpo que, encarado como uma realidade demasiado presente, nos limita. Qualquer das hipóteses se acarinha e se abraça como válida e enriquecedora. O prazer experimenta-se de muitas formas, mas a liberdade do pensamento jamais deixa de nos surpreender.