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quarta-feira, 9 de julho de 2014

o valor da arte

Toda a gente sabe que os artistas não têm onde cair mortos. Que o melhor é arranjarem trabalho, porque o que fazem não é classificado como tal. Só depois de mortos adquirem valor e são outros que arrecadam o fruto do seu trabalho.
Mesmo assim, o valor da arte transcende o material e supera-o em tudo. O material é do pó e ao pó volta. A arte, pelo contrário, é um labor do pensamento que, como o espírito e por lhe pertencer, tem a imortalidade como atributo máximo.
A capacidade de expor novos conceitos e transportar quem a observa faz da arte um caminho para a metade do pensamento que pertence ao amor, à verdadeira criatividade e ao que tudo transcende. Essas qualidade conferem à arte um valor incalculável, demasiado alto para causar o desconforto e a insegurança que fazem com que políticos e financeiros a remetam para o canto das actividades que nem merecem ser valorizadas.
Apesar disso, todos os materialistas se vão, como pó e a arte permanece, sempre com o inegável valor que tem, de pensamento livre e capaz de mudar outros pensamentos. E uma qualidade assim não se pode modificar, nem desaparece porque muitos se esforçam por a votar ao esquecimento. Ela existe e sempre existirá, a despeito de tudo e de todos.
Quem acha que a arte não é um trabalho falha estrondosamente no cálculo do valor da vida e está cego para a riqueza que ela comporta. Que não se mede nem pelos milhões que possa render depois da morte dos seus autores.

terça-feira, 1 de julho de 2014

love unique

love unique by rumoresdenuvens
Uma vez ocupado pelo amor, não há lugar para mais nada num coração ocupado pelo amor. Ele é o centro, o princípio e o fim de tudo. Love unique. Alfa e ómega, a plenitude, a alegria e a grande força por detrás de tudo.

terça-feira, 30 de julho de 2013

curiosas contradições

Imagem daqui
Os monárquicos são pessoas curiosas. Não apenas por nos estarem sempre a tentar convencer de que um sistema de governação ultrapassado, como é o da monarquia, pode de algum modo resultar nos dias de hoje, como pela sua cega fé em coisas como um tipo de sangue azul, uma classe social chamada nobreza, privilégios para pessoas que por definição, nada fazem para os merecer, etc.
Tudo começa pelo equívoco da classificação de nobre, que na sua génese nada tem que ver com um nascimento rodeado de privilégios, mas sim com a capacidade de algumas pessoas se destacarem pelos seus méritos (e eventualmente, nobreza, ou seja, qualidade de carácter). 
Os primeiros nobres foram pessoas vulgares, que mereceram de alguma forma essa qualificação, não meninos pálidos e mimados paridos em berços de ouro ou de qualquer outra extravagância pouco própria para o saudável desenvolvimento infantil.
Portanto, sem intervenção divina ou misteriosa, houve uns tipos diligentes que fuçaram bem os seus privilégios e não fazem, nem de longe nem de perto, o tipo do betinho quase efeminado que se afecta especial e nobre por nascimento. Ou do troglodita que se revê no mesmo figurino.
Depois, num país como o nosso, onde toda a gente é em maior ou menor grau família de toda a gente, e onde os ditos nobres tinham o direito de se servir de qualquer mulher, incluindo as nubentes que inadvertidamente se lembravam de casar dentro do perímetro da sua influência, é de crer que tudo o que é português tem pelo menos uma mulher na família que serviu um desses indivíduos. Resumindo, toda a gente é, em maior ou menor grau, senão filho de nobres, pelo menos bastardo deles.
Assim se conclui que os genes da nobreza, o sangue azul, correm por todo o lado. Por acaso até gostava de saber quem seria o timorato genealogista ou escriba oficial capaz de afirmar, com absoluta certeza, que fulano ou sicrano não são, de todo, filhos da turba fidalga que cavalgou à solta por esse País fora, durante centenas de anos.
Já quanto aos privilégios por direito de nascimento de uns tantos escolhidos, é no mínimo uma teoria de mau gosto nos dias de hoje, em que a igualdade de direitos é um valor incontestável para qualquer avisada cabeça ou de comum bom senso.
Andar em bicos de pés é uma tentação vulgar, mas há que reconhecer que o apoio da sola inteira facilita a deslocação e favorece o equilíbrio de qualquer criatura que use esse tipo de apêndices para avançar na vida e em qualquer direcção.