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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

grupos, separações e apegos

Green Tara, by Christine McDonnell
Há gente que embirra com grupos. Era o que faltava, rosnam quando falam de igrejas, religiões, maçonaria, claques de futebol, reuniões disto e daquilo, e opus várias.
Esquece-se da empatia natural que nos leva a juntar-nos a outros nos mais variados contextos. Da evidente necessidade de comungar coisas simples ou complicadas. De que nenhum indivíduo entra sozinho num paraíso, num céu ou nas esferas espirituais, pois essa é a mensagem que nos recorda fazermos parte de um todo que, a despeito das aparências, é a nossa essência divina, a nossa salvação ou reencontro com a inequívoca herança com o eterno: a unidade.
Essa é a verdade que preside à necessidade que temos de nos juntar em grupos e de partilhar o que temos em comum.
Quando fazemos parte de um grupo e, na sua dinâmica, introduzimos as diferenças, os pudores, os clubes adversários, as filosofias ou as religiões que antagonizamos, estamos a desprezar a sua função original e única, que é a de nos reunirmos no espírito, apesar de divididos na matéria.
Quando excluímos do nosso convívio de origem divina aqueles que têm formas diferentes de viver e de escolher é do nosso todo que separamos o que não nos agrada, mas que também faz parte da nossa identidade colectiva, da qual nunca estamos separados, mesmo acreditando nisso com os nossos olhos e emoções terrenas, materiais e limitadas.
O grupo sou eu e tu e todos os outros. O grupo é a nossa identidade única, de que todos fazemos parte e que nos leva, em primeiro lugar, a aproximarmo-nos dos outros, dos que nos completam como parte da alma colectiva que é o graal de todas as coisas.
Por isso, que sentido faz arranjarmos mais diferenças para justificar a separação, se o nosso único anseio é a comunhão e a totalidade, o contacto com o espírito eterno e infinito de que todos somos parte? Que sentido faz desligarmo-nos de alguém ou de outros grupos que reconheceremos, mais tarde ou mais cedo, que são o mesmo que nós?
Guerras santas e rivalidades são apenas uma forma de adiar o reconhecimento da plenitude, uma forma de apego ao material que temos o dever de reconhecer e erradicar como um obstáculo à felicidade.