Mostrar mensagens com a etiqueta arte de rua. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta arte de rua. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 5 de junho de 2014

arte intensa

By NemO’s in Milano, Italy.
Hão-de querer arrumar-vos numa caixinha muito clean, embrulho perfeito e bonitinho, para massificação; apresentar-vos como animais de estimação lavados, escovados e bem treinados, para trotar em exposições; fazer todo o possível para mostrar como o vosso génio é polido, como um naco de carvão que vira diamante e perde o bruto para ganhar em faces muito lisas e adequadas aos olhos de quem mais aprecia o brilho do que a força que lhe dá origem.
Artistas e obras de arte são forças da natureza, ecos da realidade que não se molda a convenções. São jorros de verdade que se libertam pelas mãos de quem presta atenção ao que genuinamente importa na vida. Não sofrem de contenções impostas e antes aceitam o que a inspiração, o que é por direito inerente a toda a vida, lhes apresenta com generosidade. E retribuem de forma igualmente generosa, partilhando connosco a sua arte.
Intensa e de extremos é a obra destes xamãs dos nossos dias. Para eles não há meios termos e até a suavidade traz consigo uma intensidade insuspeitada. A vida é sempre curta para quem sabe que todos os momentos contam e que o fulgor não pode deixar de lhe pertencer.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

o arrojo que falta

Não consigo resistir às imagens pintadas nas paredes a cair de armazéns e prédios devolutos. Traços seguros, ousados, capazes de atrair todos os olhares, mesmo que de reprovação. Há uma força contida nesta arte que muitas vezes falta nas galerias comerciais, espaços de artistas domesticados pela promessa de muitos euros e glórias póstumas. Não quero com isto dizer que os artistas não devam reivindicar para si os frutos do seu trabalho. Pelo contrário. O que é importante, para que isso aconteça, é que os galeristas deixem de pensar apenas em telas bonitas para decorar as salas de estar da morna classe média quase alta e comecem a reivindicar também arrojo e rebeldia, aquilo de que é feita a arte que fica e não se esquece na próxima leva de decoração caseira.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quem não se fica...


Força, imaginação, rebeldia, dramatismo, cor, técnica. Jamais deixam de me espantar estas provas de criatividade generosamente debitadas pela rua. Matosinhos, Escola Secundária.

Meu, estava aqui a ver o mundo passar e de repente stressei, assim, totalmente. Só me apeteceu agarrar na pele da cara e puxá-la para cima, a mostrar o meu verdadeiro eu, topas? A coisa tribal de três olhos, corpo híbrido de techno-andróide-grafitado. É assim, meu, quem não se fica é como a gente.
Posted by Picasa