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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

a pandemia da tristeza

foto Mafalda Mendes de Almeida
Fica-se com a impressão de que, depois de umas eleições, está tudo a postos para mais quatro anos a sonhar acordado. Há um curto pico emocional em que as pessoas se empolgam e deitam cá para fora os seus ressentimentos a propósito do que está mal.
Esse mesmo pico pode ser o suficiente para as levar às urnas, mas a seguir instala-se de novo a depressão resultante do descrédito nos resultados, nas suas consequências efectivas. Devia ser possível processar os responsáveis por esta pandemia [substantivo feminino; med.: enfermidade epidémica amplamente disseminada] de desânimo, de consequências incalculáveis a nível individual e colectivo.
Em Cascais, onde a paisagem natural tem artes de cenário de encantos e promessas, é fácil distrair a mente com a beleza. A falta de consciência dos líderes é substituída pela contemplação passiva do que é mais belo e afinal ainda vale a pena.
Este tipo de tristeza paralisa e impede a reacção necessária para mudar e tratar a raiz do problema. Não tendo em que acreditar, os cascalenses fecham-se na sua redoma e temem o insucesso de iniciativas diferentes, que proporcionem resultados diferentes.
A pandemia aqui, à semelhança do que acontece em muitos outros sítios, é uma morte silenciosa que extinguirá a beleza natural e, em seguida, os que a admiram mas não têm coragem para dar um passo na direcção certa. Continuarão a sonhar, convencidos de que é bom e que é tudo o que lhes resta.
No entanto, o sonho existe para se pôr em prática, para sacudir a poeira e para nos encher de ânimo. Há um remédio para tudo, mesmo para a tristeza. E saber por que razão ela se instala é o primeiro passo para a combater e exigir o resgate das coisas verdadeiras e que valem a pena.
A bem de Cascais e de todas as pessoas de bem, vamos curar esta pandemia?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Podemos ter calma?



Assim só a modos de apanhado: a igreja cientologista cria uniformes para os seus fiéis usando como modelo o estilo de Tom Cruise e Kate Holmes (link). Que excitação!
Na mesma onda: o assédio das religiões a tudo e a todos. Além do monopólio de Deus, pastores e imãs acham intolerável ter gente sem crença a viver no mesmo bairro, na mesma cidade, no mesmo país ou no mesmo planeta.
É assim como descobrir que o ioga (leia iÔga, senhor descrente!) é a insuspeitada cura para todas as maleitas.
Ah... Afinal o mundo é muita simples e nós e que teimamos em o complicar.
Por exemplo, a minha complicação passa por não me apetecer ser assediada por coisa nenhuma. Por preguiça de assediar seja quem for, seja para o que for. Mea culpa, sim. Não sou exemplo para ninguém e também não me sinto bem no papel de role model.
Haverá forma de me deixarem estar em paz e sossego com os meus ciclos viciosos mentais e existenciais? Posso não ter de os confessar nem em igrejas, nem em consultórios?
Safa... Isto de nos estarem sempre a tentar impôr qualquer modita é cansativo.
É como a obscena proactividade, que nos obriga a manter um desnecessário stress em qualquer trabalho, sob pena de nos desconsiderarem como inadequados para uma qualquer equipa que só lá está porque agora também é moda transformar tudo em equipa.
O stress mata e a envangelização também já provou ser mais do que perigosa ao longo de todas as épocas. Podemos ter calma?