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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

terras planas


Há pessoas, por quem tenho grande amor, que me consideram muito, muito ignorante. Que me chamam várias vezes assim porque não sei que a terra não é redonda, por exemplo. Tenho de ter a humildade de aceitar que, de facto, ignoro a maior parte das coisas que ocorrem neste mundo. Mas o que me perturba mais, neste contexto, é não saber onde trabalha a produção que projecta no céu, que por esse motivo também deve ser igualmente plano, todas as noites e alguns dias, a imagem da lua e das suas fases, onde a sombra da terra também se vê redonda. Só para nos enganar, claro.
Imaginam o que eu aprenderia a trabalhar para a equipe de produção que mantém este embuste há séculos? E como a minha ignorância me impede de ver que só alienígenas possuem a tecnologia capaz de nos induzir em tamanhos embustes? 
Claro que os dirigentes mundiais estão todos a soldo dos extraterrestres e quem vota neles partilha, desgraçadamente, da mesma ignorância que me aflige. Uma tristeza.
Devem ser os mesmos alienígenas, mortalmente aborrecidos com as suas rotinas ilusionistas de muitos milhões de anos, que devem ter carregado em botões para accionar os chips do senhor Trump e dos velhinhos de barbas que não gostam, como ele, de ser contrariados. Accionaram uma possível guerra como quem muda de canal na televisão.
Talvez tenham sido eles a brincar com os fósforos na Amazónia, na Austrália e na Califórnia. E que dão murros na planura da terra quando se enervam e provocam sismos e maremotos.
Tanto marionetismo também me dá cabo dos nervos.

terça-feira, 16 de abril de 2019

o sentido das coisas

"o sentido" by MMF
Isto podia ser um salmo: todas as coisas fazem sentido, mesmo que a minha lucidez não chegue senão para uns salpicos. E podemos ver sinais em tudo. Como por exemplo no incêndio da Notre-Dame. Numa segunda-feira regida pela Lua e pelo poder feminino, só pode ser para nos lembrar, neste mundo patriarcal, que nada é eterno, nem o menos efémero dos poderes.
Hoje, terça-feira, regida por Marte, masculino e guerreiro, esperemos que não haja para aí mais nenhum líder mundial a armar-se em garnizé e a armar mais um pé de vento para comprar mais iates e jactos que nunca poderá gozar sem a presença de cinturas de segurança. Por exemplo.
Amanhã, quarta-feira, regida por Mercúrio que é o homem das comunicações e do comércio, e também dos ladrões, esperemos que não haja mais desfalques bancários, porque não há economia doméstica que resista a tanta ladroagem.
Já na quinta-feira, rainha jupiteriana da boa sorte e bom dia para quem precisa de remendos médicos, deseja-se que não haja greve de enfermeiros, médicos e coisas que tais. Já repararam que a lotaria das quintas é a mais pobre? Nem a jogar nos entendemos.
Sexta-feira de Vénus é, claro, o dia dos prostíbulos ou do mercado de todas as luxúrias. Não percam, porque só voltam a ter outra oportunidade na semana seguinte. Não é um ritmo fantástico, mas deve-se talvez ao facto de os deuses entenderem que não é a quantidade que traz a felicidade...
Sábado é para descansar, à imagem e semelhança do Criador. Sensato depois das sextas-feiras heróicas e eróticas (assim queiram os deuses). E Domingo é o dia do Sol. O sacana do Adão deve ter aberto a pestana depois de ter caído na ratoeira da serpente (Eva, não te rales que a gente sabe quem leva sempre as culpas) e se ter escancarado num mundo hostil, nuzinho como numa dessas revistas para meninas curiosas.
Estão a ver o sentido das coisas?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

um sol devorador

Desenho MMFerreira
Sempre gostei do Sol, mesmo à noite, quando não se via. Imaginava-o escondido atrás das estrelas e viajava até lá, para o admirar. Melhor, mesmo, era saltar na Lua como os astronautas, embora a possibilidade de ficar cheia de poeira me apoquentasse de vez em quando. Ou então, quando passeava de bicicleta pela rua, logo de manhã, e punha a hipótese de a ver levantar voo na direcção do Sol, atraída pela sua força devoradora de mais e mais energia...