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quarta-feira, 4 de abril de 2018

cobras, lápis e paraíso


Toda a gente sabe que há cobras à espreita no jardim do Paraíso. Foi assim que caíram os papás da Humanidade. Também havia maçãs proibidas. 
Será possível imaginar um paraíso tão cheio de perigos e interdições? Não parece perfeito e muito menos obra de um Criador benevolente. Embora não documentado, o lápis da censura já devia andar a fazer das suas na altura.
Com um exemplo assim é difícil imaginar um mundo melhor e optar por práticas mais coerentes de liberdade de expressão. Qualquer dia nem uma pêra rocha de pode trincar sem verificar primeiro se há um fiscal de costumes por perto.
É mesmo possível que o espírito crítico e a lógica mais clara sejam subliminarmente influenciados por estas histórias contaminadas por dogmas que ouvimos desde crianças. É a educação imposta, na sua pior versão.
Seria mais justo educar para ir ao encontro do que hoje se sabe que são paradigmas mais saudáveis. Mas a educação dos dias de hoje tem uma lógica de mercearia, com o deve e o haver postos nas empreitadas para os edifícios e para o serviço de refeições, deixando para segundo plano os meros pretextos que são alunos e professores, bem como a troca de informação que nutre o conhecimento que muda mundos.
São investimentos armadilhados, sem retorno lucrativo enumerável, sempre na lógica do paraíso envenenado e para sempre adiado, como a cenoura que segue à frente do burro e que deve ser inatingível para o manter em movimento.
A mais fácil conclusão é a de estarmos perante mais um fenómeno de manipulação de informação nessa história do paraíso de que qualquer um pode tombar, provavelmente criado pelos órgãos de comunicação de massas da altura.
Assim se faz refém o futuro da Humanidade, com contos cheios de pontos acrescentados e dirigentes que são, afinal, homenzinhos de cinzento munidos de lápis azuis. Enquanto esperamos por melhores tempos e não pomos a lógica na linha.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

misteriosos triângulos de fruta



É tudo uma questão de laranjas, rosas e maçãs. As primeiras bem podem ser os frutos da árvore do conhecimento, em vez da maçã comida no Paraíso, que afinal simboliza o pecado de se querer conhecer, o que não faz sentido nenhum. Já as rosas, escondiam os pães no regaço da Rainha Santa. Nada é o que parece e há sempre uma outra forma de explorar a realidade. 
Na minha versão, o sumo de laranja, o perfume da rosa e a tarte de maçã, com ou sem gelado de natas, resumem praticamente todos os segredos deste peculiar trio. 
No entanto, se me lembrar que a atmosfera terrestre é como uma camada de película plástica a envolver uma laranja, encaro seriamente a possibilidade de acabar de vez com os fogos de artifício, a desmatização e a criação intensiva de animais, responsáveis todos eles pelo dano provocado na fína película de plástico que envolve a nossa laranja universal.
O milagre das rosas é um dos meus favoritos, visto demonstrar que podemos tranformar qualquer coisa noutra coisa qualquer. O problema é saber se é mesmo o que se quer. 
No campo dos pecados, o melhor é ficarmos por uma simples dentada inocente na maçã e deixarmos de prestar atenção às más línguas desta vida. E não esquecer a canela na tarte.
Aí está o que resume este misterioso triângulo de frutos. 

A laranja doce foi trazida da China para a Europa no século XVI pelos portugueses. É por isso que as laranjas doces são denominadas "portuguesas" em vários países, especialmente nos Balcãs (por exemplo, laranja em grego é portokali e portakal em turco), em romeno é portocala e portogallo com diferentes grafias nos vários dialectos italianos. 

A rosa (do latim rosa) é uma das flores mais populares no mundo. Vem sendo cultivada pelo homem desde a Antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 000 anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Celebrada ao longo dos séculos, a rosa, símbolo dos apaixonados, também marcou presença em eventos históricos importantes e decisivos. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

"Maçã" originou-se do termo latim mala matiana, que significa "maçãs de Mácio"O centro da variedade do gênero Malus é no leste do Turquia. A macieira era talvez a mais antiga árvore que tenha sido cultivada, e seus frutos foram melhorados com a seleção ao longo de milhares de anos.