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terça-feira, 6 de setembro de 2011

xtupida!

Se meto tudo em todo o lado e coloco onde devia pôr, para que serve esse teimoso verbinho com pretensões a insubstituível? Porque no colocar é que está o ganho, visto que pôr não se lhe compara em quantidade e sonoridade silábica.
Já agora, meto sim, para que saibam, visto que pôr dentro de é significado que já não assenta neste outro verbo, de forma alguma, nem sequer para as últimas gerações de professores e outros doutos universitários.
Mais uma vez, para que serve o insignificante pôr? Só se for para sufixar em pôr-ra!, e ganhar em óbvia utilidade vernácula e imediata.
Estranho? Nem pensar, num país em que o negócio da Educação se tornou num chorudo retorno de euros sem exigências de quaisquer mais-valias sociais ou culturais.
O que é preciso é meter o comer na mesa e não queimar a vista com coisas que não pagam a renda a ninguém. E, pelo caminho, controlar a rotunda e fazer orelhas mouchas a esses que acham que sabem tudo. Ou não é verdade que o comer se cozinha todo em cru, como toda a gente sabe, e que os legumes da sopa se torturam?
Além disso, também digo a ela que ouvistes muito bem e que vais de carrinho se vens práki engrupir-me com o acordo outrográfico. Táxe?
Portanto, pôr, pôr, isso é que nem pensar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

desliguem o som!


Por que razão hão-de as pessoas falar tão alto nos cafés e nos restaurantes que se torna insuportável frequentá-los? Será por isso que agora tudo o que é espelunca para servir cafés tem música pimba a escorrer pelos altifalantes? E o barulho que fazem a arrumar a louça e a arrastar cadeiras e mesas? Será normal?
De uma coisa tenho a certeza: é quase impossível garantir um mínimo de silêncio em casa, na rua, nos locais públicos. Outra pergunta: haverá legislação efectiva que impeça as pessoas de enlouquecer com o barulho que toda a gente se lembra de produzir?
Não faço ideia se é normal haver adolescentes retardados com os telemóveis aos berros no metropolitano a debitar música para a carruagem inteira, nem se as pessoas fazem ideia das tristes figuras que produzem quando no meio da rua, em qualquer lado, têm conversas privadas aos gritos para o telemóvel.
Nos condomínios privados, por exemplo, poderia supor-se que haveria outro recato do que o da vizinha aos gritos com os filhos endiabrados, mas é uma ideia enganadora. Da ventilação dos prédios ao barulho dos elevadores, passando pela chinfrineira dos cortadores de relva ou dos aspersores de água nas zonas verdes, é um inferno de ruídos que nunca cessa.
Para tentar de algum modo isolar a minha existência, comprei um MP3 para abafar com música todo o clamor alheio. Só para descobrir que tenho de ligar o som no máximo para ouvir qualquer coisa - e tem de ser algo barulhento, porque a música clássica e o jazz, mesmo no máximo das capacidades do aparelho, não resistem ao ruído exterior.
Achava eu que os portugueses eram inexplicavelmente tensos, irritadiços e mal dispostos. Pudera... Sempre que estou em Portugal, acontece-me o mesmo e, acreditem: é este barulho infernal em todo o lado que dá cabo do nosso ânimo e da nossa disposição.
Por favor: desliguem o som!