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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

desliguem o som!


Por que razão hão-de as pessoas falar tão alto nos cafés e nos restaurantes que se torna insuportável frequentá-los? Será por isso que agora tudo o que é espelunca para servir cafés tem música pimba a escorrer pelos altifalantes? E o barulho que fazem a arrumar a louça e a arrastar cadeiras e mesas? Será normal?
De uma coisa tenho a certeza: é quase impossível garantir um mínimo de silêncio em casa, na rua, nos locais públicos. Outra pergunta: haverá legislação efectiva que impeça as pessoas de enlouquecer com o barulho que toda a gente se lembra de produzir?
Não faço ideia se é normal haver adolescentes retardados com os telemóveis aos berros no metropolitano a debitar música para a carruagem inteira, nem se as pessoas fazem ideia das tristes figuras que produzem quando no meio da rua, em qualquer lado, têm conversas privadas aos gritos para o telemóvel.
Nos condomínios privados, por exemplo, poderia supor-se que haveria outro recato do que o da vizinha aos gritos com os filhos endiabrados, mas é uma ideia enganadora. Da ventilação dos prédios ao barulho dos elevadores, passando pela chinfrineira dos cortadores de relva ou dos aspersores de água nas zonas verdes, é um inferno de ruídos que nunca cessa.
Para tentar de algum modo isolar a minha existência, comprei um MP3 para abafar com música todo o clamor alheio. Só para descobrir que tenho de ligar o som no máximo para ouvir qualquer coisa - e tem de ser algo barulhento, porque a música clássica e o jazz, mesmo no máximo das capacidades do aparelho, não resistem ao ruído exterior.
Achava eu que os portugueses eram inexplicavelmente tensos, irritadiços e mal dispostos. Pudera... Sempre que estou em Portugal, acontece-me o mesmo e, acreditem: é este barulho infernal em todo o lado que dá cabo do nosso ânimo e da nossa disposição.
Por favor: desliguem o som!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Podemos ter calma?



Assim só a modos de apanhado: a igreja cientologista cria uniformes para os seus fiéis usando como modelo o estilo de Tom Cruise e Kate Holmes (link). Que excitação!
Na mesma onda: o assédio das religiões a tudo e a todos. Além do monopólio de Deus, pastores e imãs acham intolerável ter gente sem crença a viver no mesmo bairro, na mesma cidade, no mesmo país ou no mesmo planeta.
É assim como descobrir que o ioga (leia iÔga, senhor descrente!) é a insuspeitada cura para todas as maleitas.
Ah... Afinal o mundo é muita simples e nós e que teimamos em o complicar.
Por exemplo, a minha complicação passa por não me apetecer ser assediada por coisa nenhuma. Por preguiça de assediar seja quem for, seja para o que for. Mea culpa, sim. Não sou exemplo para ninguém e também não me sinto bem no papel de role model.
Haverá forma de me deixarem estar em paz e sossego com os meus ciclos viciosos mentais e existenciais? Posso não ter de os confessar nem em igrejas, nem em consultórios?
Safa... Isto de nos estarem sempre a tentar impôr qualquer modita é cansativo.
É como a obscena proactividade, que nos obriga a manter um desnecessário stress em qualquer trabalho, sob pena de nos desconsiderarem como inadequados para uma qualquer equipa que só lá está porque agora também é moda transformar tudo em equipa.
O stress mata e a envangelização também já provou ser mais do que perigosa ao longo de todas as épocas. Podemos ter calma?