quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

rumoresdenuvens

há quem pense que a fatah é uma bavaroise chinesa e ainda bem que assim é, porque escusamos de nos pôr a inventar desculpas sobre o que sabemo e o que não sabemos. não me importo de comer bavaroises de todo o tipo, chinesas ou não. menos de manga e limão, excepção feita ao merengue gelado que é aquela coisa óptima que vai ao forno com gelado lá dentro e depois se derrete na boca. o importante é gozar o momento em que lambemos a colher e nos esquecemos de que há um mundo para lá do merengue a derreter na boca. sendo que o esquecimento é uma parte importantíssima da aprendizagem. por exemplo, se passamos a vida a assustar as crianças com as coisas más que lhes podem acontecer caso façam esta e aquela asneiras, se elas não se esquecerem por momentos do imenso terror que passamos a vida a instilar-lhes, não arredam pé da cadeira e o que se esquecem é de fazer tudo o que não as conduzirá, inevitavelmente aos doidóis e aos maus e aos castigos e às palmadas e aos hospitais. é o que nos acontece quando fazemos questão de nos lembrarmos de tudo. paralisamos, não agimos sobre coisa nenhuma. se, por acaso, decidimos esquecer e andar para a frente, não há quem nos pare.

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