Em inglês chamam-se pacifiers (pacificadores), que vêm mesmo a calhar quando lidamos com bebés. A minha descobriu rapidamente que podia enfiar cinco ou seis na mesma corrente, presa à t-shirt. Não tardou a ser necessária alguma negociação para trocar as chupetas completamente babadas por novas. Mas mal entravam na corrente eram lambidas e sugadas até ficarem tal e qual as outras. Tempos mais tarde, o passo seguinte foi planear uma forma de abandono das chupetas.
Foi assim que descobrimos um facto importante: enterrando uma chupeta num vaso de plantas, no dia sequinte nascia um chocolate no mesmo lugar. Foram necessárias várias tentativas para comprovar a eficácia da experiência. Mas não havia dúvidas. Uma chupeta enterrada dava lugar a um apetitoso chocolate.
Foi fácil chegar a uma solução de compromisso: sempre que estivesse preparada para desistir de uma das suas chupetas, a pequena criatura anunciava que estava pronta para a enterrar. E no dia seguinte "colhia" o chocolate, recompensa mais do que justa para o seu sacrifício.
Em menos de dois meses os vasos de plantas engoliram todas as chupetas-sementes e produziam os chocolates necessários para aplacar o desgosto.
No final, a corrente foi dispensada sem problemas e nunca mais se pensou em pacificadores. Bons tempos, esses de soluções simples e satisfatórias.
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