Tim Madeira (foto: MMF) |
Tim Madeira expõe hoje o seu trabalho Street Findings no Farol Hotel, em Cascais. Em colagens e pintura, desmonta restos de posters recolhidos das paredes onde foram colados e volta a montá-los em peças que são novos cartazes, moldados pela sua criatividade.
Os posters sempre me atraíram, dos mais básicos aos mais bonitos, aos eruditos, explica o artista. Não passa um dia que não arranque restos de posters das paredes.
Os restos que arranja, às vezes com centímetros de espessura, são espalhados na relva e descolados, em bocados que depois usa na montagem das suas obras.
Arquitecto de formação, Tim Madeira gosta de encarar a sua produção artística como um hobby.
Faço o que me apetece, quando me apetece, diz, enquanto mostra os restos de posters espalhados por um sofá de palha no jardim de sua casa, que é também o seu atelier. Nunca se ligou a galerias para poder trabalhar à sua maneira e sem compromissos limitativos.
Quando abordou o Farol Hotel para expor o seu trabalho, tinha consciência do contraste entre as coisas que cria e o ambiente sofisticado do local.
Entenderam o conceito muito bem, apesar de não ir lá expor telas muito bem emolduradas, tudo muito certinho, confessa, relatando os seus contactos com Ana Maria Tavares e Raquel Rochete, a directora e a relações públicas do espaço, que aceitaram a sugestão de Ana Mesquita para mostrar o seu novo projecto.
Os posters sempre me atraíram, dos mais básicos aos mais bonitos, aos eruditos, explica o artista. Não passa um dia que não arranque restos de posters das paredes.
Os restos que arranja, às vezes com centímetros de espessura, são espalhados na relva e descolados, em bocados que depois usa na montagem das suas obras.
Arquitecto de formação, Tim Madeira gosta de encarar a sua produção artística como um hobby.
Faço o que me apetece, quando me apetece, diz, enquanto mostra os restos de posters espalhados por um sofá de palha no jardim de sua casa, que é também o seu atelier. Nunca se ligou a galerias para poder trabalhar à sua maneira e sem compromissos limitativos.
Quando abordou o Farol Hotel para expor o seu trabalho, tinha consciência do contraste entre as coisas que cria e o ambiente sofisticado do local.
Entenderam o conceito muito bem, apesar de não ir lá expor telas muito bem emolduradas, tudo muito certinho, confessa, relatando os seus contactos com Ana Maria Tavares e Raquel Rochete, a directora e a relações públicas do espaço, que aceitaram a sugestão de Ana Mesquita para mostrar o seu novo projecto.
Tim Madeira (foto: MMF) |
A empatia e as descobertas que vai fazendo orientam o seu percurso na vida e na arte. Não faz muitos planos, deixa as coisas acontecer e aproveita as oportunidades.
Nascido em Lisboa, em 1955, Tim Madeira pinta desde muito jovem. Queria ir para Belas-Artes, mas o pai convenceu-o a fazer arquitectura e a pintar nas horas vagas.
As colagens começaram por volta dos dezoito anos, com um quadro de imagens religiosas. Ganharam mais expressão com montagens que começou a fazer para um grupo de amigos que se reúne todos os anos no Museu do Arroz.
Comecei a juntar fotografias e outras peças, que junto numa só e depois corto em pedaços, um para cada pessoa, conta, ao mesmo tempo que mostra exemplos do que tem feito. Também fico com a minha parte.
Nascido em Lisboa, em 1955, Tim Madeira pinta desde muito jovem. Queria ir para Belas-Artes, mas o pai convenceu-o a fazer arquitectura e a pintar nas horas vagas.
As colagens começaram por volta dos dezoito anos, com um quadro de imagens religiosas. Ganharam mais expressão com montagens que começou a fazer para um grupo de amigos que se reúne todos os anos no Museu do Arroz.
Comecei a juntar fotografias e outras peças, que junto numa só e depois corto em pedaços, um para cada pessoa, conta, ao mesmo tempo que mostra exemplos do que tem feito. Também fico com a minha parte.
Tim Madeira (foto: MMF) |
A sua obra começou a captar o interesse do público com a montagem de candeeiros, peças únicas que vai compondo com diversos materiais.
Herdei um candeeiro da minha avó, que esteve cá em casa anos, sem lhe mexer. Um dia comecei a desmontá-lo e a juntar coisas de vidro, porque lhe faltavam peças e eu gosto de manter sempre alguma simetria nos trabalhos que faço. Pendurei-o em cá em casa, sem eletrificação, nem nada. Na altura não percebia nada de electricidade.
Um amigo pediu-lhe então para fazer uma peça do mesmo tipo para pôr na sua loja. Vendeu-se logo e foi o primeiro de uma longa série que criou reutilizando toda a espécie de materiais.
Herdei um candeeiro da minha avó, que esteve cá em casa anos, sem lhe mexer. Um dia comecei a desmontá-lo e a juntar coisas de vidro, porque lhe faltavam peças e eu gosto de manter sempre alguma simetria nos trabalhos que faço. Pendurei-o em cá em casa, sem eletrificação, nem nada. Na altura não percebia nada de electricidade.
Um amigo pediu-lhe então para fazer uma peça do mesmo tipo para pôr na sua loja. Vendeu-se logo e foi o primeiro de uma longa série que criou reutilizando toda a espécie de materiais.
Tim Madeira (foto: MMF) |
Tim Madeira confessa-se desassossegado. Trabalha muito e não gosta de passar um dia sem dar uma pincelada. Sublinha os momentos prazenteiros que resultam do que faz e sente que todas as suas peças carregam um pouco da sua alma, que nem sempre tem de se traduzir por palavras.
Essa forma de entrega, que tão livremente expõe nas suas peças, são com certeza uma das chaves do seu sucesso.
Acho que o meu percurso tem corrido extraordinariamente bem, confessa, com simplicidade, o artista que não gosta de ser vedeta.
Sempre que necessário, ele próprio monta as suas peças em casa de quem as adquire. Aproveita materiais que encontra e que lhe trazem e gosta de usar resinas e papéis à base de água, que não prejudiquem o ambiente.
O resultado é uma forma de expressão generosa e frontal, que não deixa ninguém indiferente. Tim Madeira tem uma força natural e uma visão única, que se mostra nestes Street Findings para ver até finais de Maio no Farol Hotel, em Cascais.
Essa forma de entrega, que tão livremente expõe nas suas peças, são com certeza uma das chaves do seu sucesso.
Acho que o meu percurso tem corrido extraordinariamente bem, confessa, com simplicidade, o artista que não gosta de ser vedeta.
Sempre que necessário, ele próprio monta as suas peças em casa de quem as adquire. Aproveita materiais que encontra e que lhe trazem e gosta de usar resinas e papéis à base de água, que não prejudiquem o ambiente.
O resultado é uma forma de expressão generosa e frontal, que não deixa ninguém indiferente. Tim Madeira tem uma força natural e uma visão única, que se mostra nestes Street Findings para ver até finais de Maio no Farol Hotel, em Cascais.
Tim Madeira (foto:MMF) |
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