Os que partem regressam ao seu estado natural, no espírito, em união com o todo. Regressam à liberdade, ao amor, à plenitude. Nesta ilusão que temos de uma realidade material, esse regresso é sentido em dor, esquecidos como estamos de que também somos eternos, imortais, luz e amor como os que aparentemente partem. Neste mundo, toda a separação é dor. Esquecemo-nos de que também fazemos parte do todo eterno e que até a separação temporária tem um fim. Lembremo-nos entretanto com amor do que aprendemos com os que vão, da primeira vez que os vimos, do afecto que nos suscitaram, do riso que partilhámos. Deixam saudades. Até breve.
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(à Tamara, que partiu hoje) |