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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cascais a sonhar alto IV: cores sem festa


Está aí o mês de Junho e Cascais, Capital Europeia da Juventude este ano, não tem no seu programa nenhuma iniciativa dedicada aos jovens LGBTI. Com nenhuma das associações que defendem a não discriminação de pessoas com base na sua orientação sexual. Nem da rede ex aequo, nem da ILGA Portugal, nem da AMPLOS, só para citar as mais visíveis.
Em Junho, mês da revolta de Stonewall em Nova Iorque, escolhida para representar os direitos e a visibilidade deste tipo de discriminação, muitas localidades portuguesas celebram o Orgulho LGBTI, mas não Cascais. Nem no seu ano como capital europeia da juventude.
Aqui continua a a cegueira do reconhecimento de muitos jovens que se debatem com o preconceito dos outros e das ideias que lhes são transmitidas e Lisboa é o local mais próximo para encontrarem a informação e o apoio de que necessitam.
Cascais recebe prémios e louvores de todos os tipos, mas nenhum dedicado a uma comunidade que muito tem feito para o reconhecimento dos direitos de todos. A não verbalização de um problema que afecta todas as sociedades, o silêncio, o olhar para o lado, continua a prevalecer no concelho que sonha alto e se reclama como o mais exigente na qualidade de vida dos seus munícipes e visitantes.
Sem festa, sem cores, sem os jovens que também fazem parte desta comunidade no ano escolhido para os representar.
A luta por uma sociedade mais abrangente e consciente da necessidade de abraçar a diferença nunca foi politicamente correcta, pois exige mudança e todos sabemos a resistência pessoal à fossilização dos costumes.
O que é então esta Capital Europeia da Juventude 2018, sem um movimento LGBTI empenhado, visível e feliz pelo reconhecimento dos seus pares? Passou de moda ou espera-se que passe despercebido? 
Quanto preconceito envergonhado ainda à solta pela versão muito pequena da grande Cascais...

domingo, 25 de maio de 2014

o desconto

Não sei o que tanto enche de orgulho o partido 'ganhador' destas europeias à portuguesa. Pouco mais de 10% foi o resultado real da votação, no total de votantes inscritos. Menos do que algumas campanhas de promoção de bens de consumo e serviços. 
O importante aqui são os mais de 62 por cento que não votaram porque não acreditam na democracia apregoada pelos partidos. A falta de crédito e de vergonha de quem se arroga o direito de governar com uma minoria que não representa senão aqueles que ainda acham que ganham qualquer coisa por apoiar os lobbistas partidários.