Photo by Mafalda Mendes de Almeida |
Começaram por ser abandonados na rua, os cães de grande porte que agora se refugiam na duna da Cresmina e se tornaram selvagens. Ainda hoje se avistaram dois, tranquilamente deitados ao sol.
O problema começa quando se junta uma matilha com pelo menos seis destes cães que se refugiam mos buracos e vegetação cerrada e buracos na faixa dunar que vai do Guincho à Costa da Guia, passando pela Quinta da Marinha.
São locais de lazer de que muita gente desfruta em passeios e visitas, sem suspeitar que a qualquer momento podem cruzar-se com estes animais que se habituaram a sobreviver sem a ajuda do homem.
Passam a maior parte do tempo longe da vista dos humanos que, inicialmente, os acolheram nas suas casas e depois traíram a sua confiança largando-os na rua, quando deixaram de ter graça e a exigir mais do que os seus irresponsáveis "donos" acham que eles merecem.
Transformam-se assim em cães "selvagens", juntos numa matilha que por vezes assusta e ameaça quem caminha pelo passadiço.
Há meses que se alertam os rangers da Cresmina para a sua presença e se espera que uma equipa de resgate da Fundação Francisco de Assis consiga apanhá-los.
Com um bocado de sorte, evitarão os seres humanos de que aprenderam a desconfiar e, se tudo correr bem, ninguém terá de os enfrentar numa situação mais extrema.
Ficam as óbvias perguntas: não haverá mais a fazer do que aguardar que uma equipa de resgate consiga deitar a mão a estes cães? E que lhes acontecerá depois de serem "resgatados"? Estarão tomadas todas as medidas e cautelas para prevenir encontros indesejados com estes animais que também são vítimas involuntárias dos caprichos humanos?
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