Mostrar mensagens com a etiqueta Cresmina. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cresmina. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

ouvem os passos?

foto MMF
Parece que vem alguém atrás de nós... Ouviu os passos? 
Acontece com frequência, quando se caminha pelo passadiço da duna da Cresmina, ouvir o barulho das tábuas a ceder sob o peso de quem por ali anda.
O curioso é que, muitas vezes, ao olhar para trás para confirmar que vem gente e ceder a passagem, não está ninguém próximo e o passeio continua, como se nada se tivesse passado.
O fenómeno pode repetir-se várias vezes durante a caminhada e, a menos que as alucinações auditivas façam parte da rotina destes passeios, não parece haver qualquer explicação racional para o som dos passos que seguem os caminhantes.
Certos locais parecem coleccionar histórias fantásticas e nem sequer lhes falta a imaginação popular a embelezar alguns factos menos comuns que lhes são característicos.
A Cresmina parece começar a desvendar uma vida muito própria, com este tipo de singularidades. Se conhece alguma, faça o seu relato e contribua para desvendar os seus mistérios. Pelos vistos, há mais do que os olhos vêem...

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

cães selvagens na duna

Photo by Mafalda Mendes de Almeida

Começaram por ser abandonados na rua, os cães de grande porte que agora se refugiam na duna da Cresmina e se tornaram selvagens. Ainda hoje se avistaram dois, tranquilamente deitados ao sol.
O problema começa quando se junta uma matilha com pelo menos seis destes cães que se refugiam mos buracos e vegetação cerrada e buracos na faixa dunar que vai do Guincho à Costa da Guia, passando pela Quinta da Marinha.
São locais de lazer de que muita gente desfruta em passeios e visitas, sem suspeitar que a qualquer momento podem cruzar-se com estes animais que se habituaram a sobreviver sem a ajuda do homem. 
Passam a maior parte do tempo longe da vista dos humanos que, inicialmente, os acolheram nas suas casas e depois traíram a sua confiança largando-os na rua, quando deixaram de ter graça e a exigir mais do que os seus irresponsáveis "donos" acham que eles merecem.
Transformam-se assim em cães "selvagens", juntos numa matilha que por vezes assusta e ameaça quem caminha pelo passadiço.
Há meses que se alertam os rangers da Cresmina para a sua presença e se espera que uma equipa de resgate da Fundação Francisco de Assis consiga apanhá-los.
Com um bocado de sorte, evitarão os seres humanos de que aprenderam a desconfiar e, se tudo correr bem, ninguém terá de os enfrentar numa situação mais extrema.
Ficam as óbvias perguntas: não haverá mais a fazer do que aguardar que uma equipa de resgate consiga deitar a mão a estes cães? E que lhes acontecerá depois de serem "resgatados"? Estarão tomadas todas as medidas e cautelas para prevenir encontros indesejados com estes animais que também são vítimas involuntárias dos caprichos humanos?

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

outros perigos na duna

foto mmf
Recebemos avisos constantes mas, regra geral, não lhes ligamos nenhuma.
Na Cresmina há várias placas que avisam ser proibido caminhar fora do passadiço, gente ou respectivos bichos de companhia, sob pena de se ser multado, blá, blá, blá.
O que não dizem os avisos é que as piores consequências não são apenas para a duna, mas para quem irresponsavelmente a desafia.
O que presenciámos há tempos atrás foi disso um exemplo inesquecível: um jovem cozinheiro apanhado desprevenido pelo corte de trânsito na manhã de um evento desportivo, decidiu atravessar rapidamente o passadiço para chegar ao restaurante do Guincho onde trabalha.
A certa altura decidiu que fazer um atalho pela duna; era a sua hipótese de poupar algum tempo, visto o atraso que já levava. 
Conseguiu correr numa zona de pedras com alguma segurança, mas quando enveredou pela zona de areia e vegetação rasteira, a uns escassos dez metros das traseiras de um restaurante que confina com a duna, aconteceu o que podia ter sido uma inacreditável tragédia.
De repente, começou a cair e a desaparecer em buracos que não se viam, repetidamente, tendo conseguido, de todas as vezes, levantar-se e prosseguir.
Foi um espectáculo de cortar o coração ver o rapaz a tentar vencer os poucos metros que o separavam da estrada do Guincho em quedas sucessivas. Algumas delas levaram-nos a correr pelo passadiço na direcção dele, para o caso de se ter de chamar por socorro.
Ao fim de longos minutos o rapaz conseguiu chegar ao muro do restaurante e ficar em segurança. Via-se que estava exausto, mas escapou de ferimentos e de uma queda mais grave que o tivesse impedido de continuar.
Nem toda a gente terá, eventualmente, a sorte deste jovem cozinheiro. Mas continua a haver quem se aventure fora do trilho, sem qualquer consciência do que está verdadeiramente em risco.
Na presença de uma equipa da Cascais Ambiente, chamámos a atenção para o sucedido. Falaram em reforço de sinalização. A que existe nada diz, de facto, sobre a possibilidade do descrito acima.
Será o suficiente para evitar acidentes insuspeitados?