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domingo, 18 de maio de 2014

crimes públicos


Chegamos a uma crise quando as nossas prioridades foram de tal forma esquecidas e substituídas por valores tão opostos que realmente interessa, que o caos se avoluma à nossa volta.
A situação do projecto para Carcavelos Sul é um desses focos de caos, de erros e enganos que agora se traduzem na forma da pior das soluções que, mesmo assim, alguém tenta ainda justificar e validar, insistindo no erro, no engano, no caminho do caos.
Triste é também ver como alguém tenta validar o erro tendo como único argumento o ataque pessoal aos seus opositores, usando os seus alegados erros para justificar a sua má decisão, o seu mau governo, a sua ausência de soluções e a falta de imaginação, até para aproveitar as soluções apontadas por outros.
Porque o caos também vive em quem usa a sua posição privilegiada para o abuso dos que julga abaixo de si.
A desculpa com os erros alheios não honra ninguém. Pelo contrário, demonstra imaturidade pessoal, social e política, retratando uma acção ou reacção enfraquecida pela falta de convicção.
Como não honra igualmente ninguém o abuso de poder, traduzido na validação de projectos que desfiguram a linha de costa e absorvem os poucos espaços verdes que ainda existem.
Um dia, não muito longínquo, estes atentados poderão ser denunciados como crimes públicos e punidos com mão pesada, como o foram os crimes dos ditadores, que nunca acreditaram que a consciência pública fosse capaz de mudar a lei que protegia a sua impunidade.