fotografia de Maria Isabel Mota |
O teu medo diz-te que o teu ponto de atracção não inclui o desejas. (Abraham-Hicks)
A memória não é tudo o que somos. Nem sequer é fiável, porque se mistura com a imaginação para preencher as lacunas que o tempo vai deixando. É uma gaveta onde guardamos fragmentos de coisas que depois nos aparecem desligados de outros contextos que não as emoções que nos suscitam.
Ainda por cima está deslocada no tempo. Nunca se refere ao presente, que é o sítio onde estamos agora e devemos viver. E sendo um punhado de fragmentos, a razão porque insistimos em nos identificar com ela é apenas por ser uma espécie de âncora da nossa existência. Uma base de dados, um caderninho de apontamentos para não nos esquecermos de que estamos nesta vida.
São notas que não temos de repetir, embora isso nos pareça muito seguro, uma questão de carácter ou qualquer outra crença limitativa.
A memória transmitida pelos nossos pais, com o objectivo de nos proteger de coisas que ameaçam a integridade física é o que nos permite aprender a conhecer as limitações do corpo físico. Mas vêm acompanhadas das memórias pessoais deles, que não correspondem a uma experiência pessoal e, no entanto, tendem a moldá-la.
Alerta-nos para muitas situações desfavoráveis, possibilitando escolhas mais avisadas, mas mesmo assim não é tudo o que somos. Há infinitas possibilidades para viver, experimentar, gozar.
Confiar demasiado na memória ou insistir que é ali e apenas ali que devemos ficar é uma negação do possível. É uma afirmação do nosso medo de avançar. E a recusa de partirmos em busca do que desejamos.
Uma ferramenta é útil quando a dominamos e usamos para o que foi desenhada. Mas não nos passa pela cabeça definirmo-nos como um martelo ou um alicate e andar por aí a dizer que somos um ou outro. Podemos usá-los para atingir o que queremos e fazê-lo de forma criativa, mas isso é apenas uma gota num oceano.
A memória regista, não cria, não muda. Mas influencia determinantemente as nossas escolhas e decisões. É importante conhecê-la e dominar as suas qualidades, mas não viver em função dela. É apenas parte da nossa colecção de manuais de vida, não a vida toda.
Os seus registos incluem muito medo, todo passado. Não é necessário projectá-lo também no futuro, um exercício que não nos tira da cepa torta.
Se a memória passa de aviso a medo, são dois alertas que recebemos para perceber que estamos a afastar-nos do que realmente queremos. Há sempre outra forma de ver as coisas e, sobretudo, muito mais a viver além das encolhas do medo. Sem outros limites que os da coragem e da vontade. Acção!
A memória não é tudo o que somos. Nem sequer é fiável, porque se mistura com a imaginação para preencher as lacunas que o tempo vai deixando. É uma gaveta onde guardamos fragmentos de coisas que depois nos aparecem desligados de outros contextos que não as emoções que nos suscitam.
Ainda por cima está deslocada no tempo. Nunca se refere ao presente, que é o sítio onde estamos agora e devemos viver. E sendo um punhado de fragmentos, a razão porque insistimos em nos identificar com ela é apenas por ser uma espécie de âncora da nossa existência. Uma base de dados, um caderninho de apontamentos para não nos esquecermos de que estamos nesta vida.
São notas que não temos de repetir, embora isso nos pareça muito seguro, uma questão de carácter ou qualquer outra crença limitativa.
A memória transmitida pelos nossos pais, com o objectivo de nos proteger de coisas que ameaçam a integridade física é o que nos permite aprender a conhecer as limitações do corpo físico. Mas vêm acompanhadas das memórias pessoais deles, que não correspondem a uma experiência pessoal e, no entanto, tendem a moldá-la.
Alerta-nos para muitas situações desfavoráveis, possibilitando escolhas mais avisadas, mas mesmo assim não é tudo o que somos. Há infinitas possibilidades para viver, experimentar, gozar.
Confiar demasiado na memória ou insistir que é ali e apenas ali que devemos ficar é uma negação do possível. É uma afirmação do nosso medo de avançar. E a recusa de partirmos em busca do que desejamos.
Uma ferramenta é útil quando a dominamos e usamos para o que foi desenhada. Mas não nos passa pela cabeça definirmo-nos como um martelo ou um alicate e andar por aí a dizer que somos um ou outro. Podemos usá-los para atingir o que queremos e fazê-lo de forma criativa, mas isso é apenas uma gota num oceano.
A memória regista, não cria, não muda. Mas influencia determinantemente as nossas escolhas e decisões. É importante conhecê-la e dominar as suas qualidades, mas não viver em função dela. É apenas parte da nossa colecção de manuais de vida, não a vida toda.
Os seus registos incluem muito medo, todo passado. Não é necessário projectá-lo também no futuro, um exercício que não nos tira da cepa torta.
Se a memória passa de aviso a medo, são dois alertas que recebemos para perceber que estamos a afastar-nos do que realmente queremos. Há sempre outra forma de ver as coisas e, sobretudo, muito mais a viver além das encolhas do medo. Sem outros limites que os da coragem e da vontade. Acção!