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domingo, 3 de junho de 2018

padrões e inteligência


A inteligência dos padrões é frequentemente subestimada. A sua beleza é evidente, mas poucos se interrogam sobre as razões que levam à atracção que provocam. A resposta é simples, embora descartada pela maior parte das pessoas que observam esse tipo de manifestações.
Os padrões são atraentes porque evidenciam a nossa capacidade de perceber que a repetição não é casual. Ocorre porque há ligações a perceber na manifestação de fenómenos semelhantes. São sinais de que há coisas a perceber. Há consciência a desenvolver em torno do que se repete e conclusões a tirar que expandem a nossa percepção.
A beleza dos padrões é essa sensação de coisas que fazem sentido sem que apliquemos mais esforço nisso, senão o do simples reconhecimento da sua existência e das possibilidades que se multiplicam a partir do momento que se observam.
Casar conscientemente a inteligência e a beleza em formas destas é uma pista valiosa para quem gosta de investir tempo a descobrir e a entender. Acrescenta sempre alguma coisa ao sentido que se busca para a existência. 
É uma revelação sem fim que traz luz, conhecimento e apreciação por esta forma de ver o mundo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

heróis e nevoeiros



















O nevoeiro às portas do Porto. Aquela coisa misteriosa dos céus encobertos que até nos fizeram sonhar com um Sebastião diferente, desses que avançam à força da espada e nos resgatam de todos os males. O nosso quase-super-homem português, desses que a qualquer hora se podem materializar e dar corpo aos sonhos. Os mesmos que em terras lusas se desprezam a menos que venham de sebastiões, fantasmas ou mortos, que esses não fazem sombra a ninguém e já podem andar por aí livres a lembrar-nos as enormíssimas realizações que poderiam ter cometido se lhes tivessem, generosamente, emprestado algum crédito. O mistério é uma coisa muito bonita e poderosa, até porque não tem nada que ver com a realidade, por isso pode potenciar qualquer coisa sem grande interferência nos comodismos instalados. Ainda estou para perceber como é que esta gente levantou o traseiro do banco para ir por aí à descoberta de novos mundos, com o pavor atávico que tem da aventura. Tem de haver coisa nessa história...