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sábado, 23 de setembro de 2017
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
há coisas a avancar
(foto daqui) |
Há coisas que avancam em Cascais. Avancar é um verbo novo, desses que fica em terra de ninguém e que não implica nem compromete grande coisa. Avancar, avancamos todos, não importa em que direcção, com que intensidade, profundidade e consequências.
O que importa é avancar. Dar a ideia de que estamos todos em movimento, mesmo que seja para o precipício dos efeitos menos desejáveis. E quem avanca a mais não é obrigado. Não se tortura com estados de consciência, com problemas varridos para debaixo do tapete, com cheias, tempestades e outras calamidades.
Avancamos todos para o universo das facilidades, da megalomania do betão e do cimento. Dos parques de estacionamento impostos a quem tem direito a ter carro mas não a um espaço livre para o estacionar. Ao enxotamento dos cascalenses para a periferia do concelho para que os turistas possam beneficiar da vista e das bicas super modernas, ao mesmo tempo que compram souvenires fabricados a Oriente.
À universalíssima água de todos nós, vendida a peso de ouro (ora cá está a explicação para tantos ricos e famosos aqui assentarem arraiais). Querem água à borla? Vão para os chuveiros das praias, que já estão pagos com as taxas municipais e também servem para limpar as caravelas portuguesas que se agarram à pele dos banhistas de Carcavelos. Há gente mesmo ignorante e incapaz de avancar...
Avanca-se sobretudo com múltiplos mega eventos em Setembro, a concorrer com a campanha eleitoral e a deixar-nos aturdidos com a oferta previamente paga pelo bolso de todos.
O que faz falta é avancar a malta. E quem avanca, seus males espanta.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
nómadas felizes no fim do verão
Estar e bem-estar. Preguiçar finalmente de grandes emoções ou reacções. No fim do verão, com Setembro por fundo e banhos de sol tardios nas dunas. É uma sensação física que reflecte uma condição interior, a consciência de qualquer coisa que termina para dar lugar ao que por aí vem. A antecipação de um recomeço sem a pressão das expectativas.
Setembro é um mês para nos sentirmos em casa. E também para sentirmos a mudança que pode acontecer a qualquer instante. Somos nómadas felizes quando paramos para esperar em silêncio o momento de escolher um novo caminho.
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